Entrevista com o professor de Frevo: Bhrunno Henryque
Bhrunno Henryque nasceu na cidade do Recife, é natural de Pernambuco, formado
em professor de Educação Física na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Bhrunno é passista de Frevo, como passista ganhou muitos títulos como melhor dançarino na peça de Teatro
Procissão dos Farrapos. Viajou vários estados do Brasil até pra fora do país em
apresentações de Frevo como passistas. No concurso melhores passistas de
Pernambuco foi tricampeão em Recife e bicampeão em Olinda. Atualmente é professor de dança, na Escola de Frevo Maestro Fernando Borges, desde 2010 até atualidade. Ele também é um dos orientadores da Quadrilha Junina Tradição.
"Eu admiro o frevo em se e acredito que o frevo é um
estado de espírito. Quando eu escuto o frevo de rua, eu me empolgo
completamente. Já quando eu escuto o frevo de Orquestra Sinfônica eu me sinto
no estado de espírito mais de prazer, podemos até dizer de melancolia vária
muito. Como bailarino, como passista de frevo nós dançamos de acordo com a
música está pedindo. Então independente da movimentação que a carruagem esteja
andando, é um estado de espírito diferente, porém sempre levando o sorriso no
rosto" destaca Bhrunno.
"Ele faz parte da minha vida eu não me vejo sem o Frevo. E razão de que ele me proporcionou várias coisas como bailarino de frevo viajei e conheci
vários estados do Brasil e conheci vários países. Já ganhei vários títulos em
concursos de passista de frevo. Porém como eu tenho muitos alunos, eu deixei de
participar dos concursos e me dediquei para ensiná-los. Me sentir no dever de estimular
os meus alunos. Como eu já fui campeão o meu trabalho agora enquanto professor, e assim me realizo nos meus alunos, e quando um deles ganham e me mostram a medalha ou o troféu do concurso, o prazer vêm dobrado".
"Fora do país os turistas se encantam com a dança do
Frevo, com o balanço e beleza da sobrinha, que é a extensão do corpo do passista. Eles
têm a sensação de leveza na dança. Mas fazemos uma movimentação bem pesada, em
razão de trabalharmos muito a massa corporal. Os turistas ficam admirados ao
ver tantas acrobacias com a sobrinha de frevo e não demostrarmos nenhum
esforço, porque fazemos tudo sorrindo".
"Precisamos viver o Frevo de janeiro a janeiro! Porque é
algo que nosso, faz parte da nossa cultura. Eu fico muito triste quando o povo se engrandece com as coisas de fora. Não que não
mereça. Mas se possuímos uma cultura tão rica, por que não valorizarmos? Se temos
uma dança tão rica, que virou o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, merecemos
dar o valor necessário a ela ”.
Viva o Frevo!!!
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