sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Campanha da LBV incentiva hábitos saudáveis em tempos de pandemia

Eu ajudo a mudar é mais uma importante iniciativa de mobilização social realizada pela Legião da Boa Vontade (LBV) em todo o país. O foco da campanha é a conscientização, por isso, a edição deste ano traz como recorte “hábitos saudáveis em tempos de pandemia”, ao apresentar dicas como higienização das mãos com água e sabão; uso de álcool em gel 70% e de máscara; distanciamento social; atividades remotas para crianças, adolescentes e jovens; cuidado com as pessoas idosas; o uso consciente da água; e ainda o incentivo à leitura e à prática de atividade física visando a boa saúde mental de todos. Ao conscientizar as pessoas, a campanha também chama a atenção para as ações de Solidariedade realizadas pela Legião da Boa Vontade em prol das famílias em situação de vulnerabilidade social e em risco alimentar, as quais enfrentam enormes desafios por conta da crise causada pela Covid-19. Nesse sentido, a iniciativa traz como mensagem: “A Solidariedade não pode parar” e também convida todos a doar cestas de alimentos e kits de limpeza e de higiene ou qualquer valor para que a LBV continue socorrendo as famílias. Toda ajuda é muito bem-vinda! Acesse o site www.lbv.org e doe! Balanço das doações Mesmo com as atividades realizadas em grupo temporariamente suspensas, o trabalho da Legião da Boa Vontade não parou. Pelo contrário, a Instituição intensificou todas as suas ações humanitárias para socorrer famílias atendidas em seus programas socioeducacionais e também famílias amparadas por organizações parceiras. As ações da LBV têm garantido cestas de alimentos e kits de limpeza e de higiene, itens essenciais à sobrevivência nesse período de pandemia. Vale ressaltar que a maioria das famílias atendidas é chefiada por mulheres que vivem em comunidades indígenas, quilombolas, em palafitas, em cortiços e nas periferias de cidades em todo o país e sofrem os impactos da crise causada pelo novo coronavírus. A Solidariedade é o que alimenta essas famílias para que não fiquem desamparadas e se protejam do vírus. Confira no endereço @LBVBrasil no Instagram, no Facebook e no YouTube, a quantidade de doações entregues e todas as ações realizadas pela Legião da Boa Vontade durante a pandemia do novo coronavírus.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Sem Educação não há futuro! LBV apoia famílias para que seus filhos sejam motivados a frequentar a escola

Créditos: Bruna Gonçalves

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 11,8 milhões de analfabetos. Esse número corresponde a 7,2% da população que tem 15 anos ou mais de idade. Na faixa etária igual ou superior aos 60 anos, o índice alcança 20,4%. A região Nordeste registra o maior percentual de analfabetismo (14,8%), número quase quatro vezes maior do que as taxas estimadas para o Sudeste (3,8%) e para o Sul do país (3,6%). 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) também divulgaram em 2017, pela primeira vez, indicadores de fluxo escolar na Educação Básica. Os dados revelam que 12,9% e 12,7% dos alunos matriculados na 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, respectivamente,se evadiram da escola entre 2014 e 2015, de acordo com o Censo escolar. O 9º ano do Ensino Fundamental teve a terceira maior taxa de evasão (7,7%), seguido pela 3ª série do Ensino Médio, com 6,8%. Considerando-se todas as séries do Ensino Médio, a evasão chega a 11,2% do total de alunos. A evasão é maior nas escolas rurais, em todas as etapas de ensino. Os indicadores de promoção e de repetência, apesar de não serem inéditos, demonstram que a repetência na 1ª série do Ensino Médio atinge 15,3% e que o índice igualmente é alto no 6º ano do Ensino Fundamental, com taxa de 14,4%.

Mudar essa triste realidade requer o esforço de todos e a atuação conjunta dos governos, da sociedade civil e da iniciativa privada, além do imprescindível apoio das famílias e dos educadores. Em suporte a todas essas ações, a LBV realiza, anualmente, a campanha Criança Nota 10 — Proteger a infância é acreditar no futuro!, que, em 2018, entregará mais de 22 mil kits de materiais escolar e pedagógico, em todo o Brasil. Em Pernambuco, os alunos da Zona Rural de Buíque das escolas (Júlio Monteiroe Antonio de Yoyô) e de Tupanatinga (Presidente Tancredo Neves e Padre José Kerles) serão beneficiados com os kits pedagógicos da referida campanha, e ainda, as crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de idade que participam dos programas socioassistenciais desenvolvidos no Centro Comunitário de Assistência Social da LBV na cidade do Recife/PE.

Créditos: Bruna Gonçalves
Para angariar as doações, a Instituição conta com a solidariedade do povo brasileiro. Os donativos para a campanha podem ser feitos pelo site www.lbv.org ou pelo tel. 0800 055 50 99. Outras informações, acesse o perfil da LBV no Facebook, no Instagram e no Youtube, por meio do endereço “LBVBrasil”.

sábado, 30 de setembro de 2017

HÁ 50 ANOS HUGO MARTINS APRESENTA O PROGRAMA "O TEMA É FREVO" - Por Camila Mota



Hugo Martins é radialista, compositor, sonoplasta, apresentador, roteirista, cineasta, comediante, rádio ator e um grande pesquisador do frevo. Nascido na Paraíba, em 02 de janeiro de 1937, numa pequena cidade do Rio Tinto. O radialista já foi homenageado no Carnaval 2016 de Olinda, em 2013 foi prestigiado pelo Bloco Lírico, Bloco Utopia e Bloco Paixão. Em 2008 o radialista também foi aclamado no Carnaval de Recife. O radialista Hugo nos contar um pouco sobre sua trajetória de vida profissional e falar sobre a percussão do seu programa O Tema é Frevo que é apresentado há 50 anos na Rádio Universitária Fm 99.9.

Hugo chega no Recife em 1956, ele teve o seu primeiro emprego na Rádio Clube onde começou como sonoplasta. O radialista já atuou em diversas emissoras de rádio de Pernambuco, na Rádio Clube, na Rádio Continental, na Rádio Jornal do Commercio e na Rádio Universitária. “Quando cheguei na Rádio Universitária em 1963, os diretores da rádio eram aqueles homens culto, da cultura da pernambucana. Naquela época não cantava essas músicas de má qualidade, como brega (risos). A rádio Universitária era considerada uma rádio opcional, porque se tocavam músicas da época, de cantores de grandes sucesso, se ouvia música erudita, música de cinema, músicas MPB, de frevo e de forró. Porque antes as rádios davam o valor necessário a cultura erudita" comenta Hugo.
O radialista questiona o fato de que "muitos não dão  mais o valor necessário ao frevo, é como se tivessem vergonha”. Mas como os ouvintes podem conhecer mais as músicas se as rádios não tocam? “No meu programa eu sempre trago uma programação diferente, toco vários tipos de frevos, tocados com  instrumentos diferentes, como cavaquinho, trompete, saxofone. Ás vezes eu focalizo em algum cantor como Mestre Capiba, João Santiago, Caetano Veloso ou Nelson Ferreira e muitos outros cantores e compositores com que gravei entrevista para o programa O Tema é Frevo. Mantenho todo esse material gravado e preservado na Casa do Carnaval" completou o radialista.
Este ano o programa completa 50 anos no ar. Desde do dia 4 de outubro de  1967 ele é levado ao ar ininterruptamente todos os sábados e domingos inicialmente pela Rádio Universitária FM. O programa também é retransmitido pela Rádio Comunitária Nova FM, de Fazenda Nova - Agreste de Pernambuco. A edição do sábado é dedicada à atender solicitações dos ouvintes que enviam cartas, e-mails e mensagens solicitando os frevos de sua preferência. Já no domingo o programa tem várias séries: frevos diferentes, especiais com compositores, entrevistas e frevos com títulos iguais.

O Tema é Frevo é o programa que traz ao ouvinte o único gênero musical em Pernambuco, que é dedicado a valorização e preservação do principal ritmo pernambucano. Hugo lembrar que passou a gostar de frevo porque se ouvia nas rádios e afirmar que "O frevo é a música que representa Pernambuco no Brasil e no mundo. É um ritmo fascinante e alegre, que não tem igual em canto nenhum. E Frevo foi tornado Patrimônio Imaterial da Humanidade, em 2012, lá em Paris e o nordestino não dar a mínima pra isso. Não gosto quando dizem que ele vai morrer ou então que nasceu na Bahia, pois o frevo nasceu em Pernambuco e não está morrendo” ressalta Martins.

O radialista também apresenta o programa Frevo Patrimônio Cultural da Humanidade que vai ao ar diariamente de segunda à sexta das 11h às 11:30h na Rádio Universitária FM 99,9. Hugo Martins afirma "a minha missão é de valorizar ainda mais a nossa música que é o Frevo!".
   


sexta-feira, 27 de maio de 2016

RESISTÊNCIA DO FREVO EM PERNAMBUCO - Por Camila Mota



Como o frevo consegue sobreviver o resto do ano?

"Geralmente o frevo é apenas apreciado no Carnaval, e o resto do ano onde ele está? Permanece esta pergunta. É uma injustiça apenas exibi-lo no contexto carnavalesco por ser maior manifestação Cultural de Pernambuco" diz Luís Santos, professor de História Social da Cultura Regional de Pernambuco da UFRPE.

O historiador Luís Santos explica que há uma necessidade de que o frevo tocasse mais nas rádios durante o ano inteiro, principalmente que houvesse uma maior divulgação dos músicos. "Nós vivemos hoje no período difícil de divulgação da cultura popular e das culturas tradicionais. E o frevo sempre teve um histórico de ampla difusão, de ampla aceitação como expressão cultural. Ainda temos uma problemática na divulgação, precisamos dar uma maior visibilidade ao frevo para que ele possa ser vivenciado, apreciado e sentido em qualquer época do ano”.

Fabiana Josefa, não gosta muito de brincar Carnaval, mas admira a dança do frevo e considerar como representação cultural do estado de Pernambuco para o mundo. Ela diz que "o frevo não pode ser temporário, têm que ser fixo, durante o ano todo independente de ser época de Carnaval ou não. Já comprei roupa de passista para minha filha Maria Clara, que tem apenas nove anos e já sabe os passinhos de frevo. A dançar do frevo traz uma alegria contagiante, no colorido da roupa que representa as cores do Estado de Pernambuco, a sombrinha que é um dos elementos que dá um brilho à coreografia. A dança do frevo parece fazer o corpo ferver é uma magia”
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O coordenador da rádio Web do Paço do Frevo André Freitas, explicar que "como responsável pela difusão áudio visual, da música do frevo,  eu busco fazer um resgate ao frevo, valorizando os músicos fazendo o povo voltar ao passado. A rádio Web toca músicas consagradas mais antigas pelos compositores como Mestre Capiba e Nelson Ferreira, as criações mais recentes". André também ressalta que “Assim queremos sensibilizar a todas as emissoras de rádio do Recife, para que elas também toquem músicas de frevo todos os dias. Porque todo dia é dia do frevo!".

O Ministério Público de Pernambuco institui que ao menos duas músicas de frevo sejam entoadas por dia durante o ano todo na programação das rádios pernambucanas, ficando de fora desse contexto apenas as rádios evangélicas e a rádio CBN. Mais infelizmente não é isso que vemos.

Como surgiu o Frevo?

Foram das ruas da cidade de Recife que o frevo nasceu e cresceu, refletindo a beleza e alegria de seus cidadãos. O frevo é um ritmo pernambucano que surgiu da interação entre músicas e danças folclóricas, no final do século XIX, em Recife durante a comemoração do Carnaval. Todos os elementos culturais contribuíram para o surgimento da construção desde da banda de capoeira, a orquestra de música, das agremiações dessa forma que se tornou ritmo de difusão cultural.

O nome frevo veio bem depois do ritmo já consolidado. Muito depressa esse ritmo começou a se desenvolver conquistando todo Brasil. Em 9 de março de 2007 foi celebrado pelo seu centenário, em 2012 reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Hoje o Frevo é apreciado pela sua dança artística e sua música de referência cultural que simbolizar para povo recifense o cartão postal da nossa capital pernambucana, assim ser exibido para o mundo. O berço do frevo é o Estado de Pernambuco, onde é mais tocado e dançado do que em outra qualquer parte. Frevo possuem dança contagiante, quando executada atrai os que passam e empolgados tomam parte nos folguedos. E é por isso mesmo por ser uma dança de multidão, onde se confundem todas as classes sociais em promiscuidade democrática.

Tipos de Frevo: frevo de rua, frevo de bloco e o frevo canção

Segundo a professor de frevo Otavio Bastos, a dança do frevo é geralmente caracterizada pela sua individualidade na exibição dos passos. Os movimentos nasceram da capoeira. Existir atualmente um número incontável de passos e evoluções com suas respectivas variantes. Os mais conhecidos são: dobradiça, tesoura, vai que vai mais não vai, ferrolho, parafuso, pontilhado, ponta de pé e calcanhar, saci-pererê, abanando, caindo-nas-molas e pernada. As músicas que são mais conhecidas que o simbolizam é Vassourinha e Madeira Rosarinho. Existem três tipos de frevo que são: o frevo de rua, o frevo de bloco e frevo canção. O frevo de rua é aquela instrumental com orquestras de metais, o frevo de bloco é aquele que é cantado com instrumentos de pau e corda que normalmente um grupo de senhoras saem cantando, com grave-lo no meio da rua e o frevo canção é aquele que tem uma pessoa a frente de uma orquestra como Alceu Valença.

Professor Bastos diz que “a procura de pessoas querendo praticar aulas de frevo aumentou com demandas distintas, as pessoas vêm por que estão querendo emagrecer, outras porque não gostam de correr ou andar de bicicletas, substituindo por alguma atividade física. Mas também a um público que vem se utilizar do frevo de forma criativa, para criação de performances artísticas. Todos podem vim dançar o frevo não tem idade nem época. Desde de uma criança de três anos de idade ao senhor de oitenta anos cada pessoa dança frevo de um jeito. Porque o importante é encontrar uma forma de expressar a cultura, do que executar o movimento de forma perfeita. Pois o próprio corpo tem um encontro com a dança. O frevo vai além do exercício físico comum, corrente e repetitivo, ele associar a criatividade e ação física ao mesmo tempo”.

O professor Bastos, comentar que "Não é fácil quebrar essa mentalidade que o frevo possa ser muito além do que aquilo que é mostrado no carnaval possa ser instrumentos para muitas outras possibilidades. Que a buscar do frevo não fique restrita, que saia dos quatros quantos de carnaval. Assim  possamos trazer para o cotidiano”.

Espaços que podemos encontrar a história do Frevo

Uma boa parte da história do Frevo está contido nesses espaços que divulgam a formação cultural do povo pernambucano.

⦁  Paço do Frevo: localizado na Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife. Horário de funcionamento: terças a sextas, das 9h às 17h; sábados e domingos, das 14h às 18h; fechado às segundas. Entrada: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia). Gratuito às terças-feiras. Telefone: (81) 3355-9500 site: ⦁ 
www.pacodofrevo.org.br

⦁ A Casa do Carnaval: localizada no Pátio de São Pedro, Casa 38, Bairro de São José, Recife. Horário de funcionamento: de segunda à sexta-feira, 9h30 às 16h30  Telefone: 3355-4311 / 3302/ 3303

⦁ O Museu do Homem do Nordeste: localizada na Avenida 17 de Agosto, 2187, Bairro de Casa Forte, Recife. Visitação Museu e Lojinha: de terça a sexta, das 8:30 às 17; sábado, domingo e feriado, das 13 às 17. (Fechado na segunda) Preços entrada Museu: 4,00 a inteira e 2,00 meia-entrada Gratuidade para menores de 12 anos, professores e estudantes de escolas públicas. Entrada franca para todos no 3º. domingo do mês. Agendamento: (81) 3073-6333 ou pelo e-mail:
educativo.museudohomem@fundaj.gov.br

⦁ A Fundação Joaquim Nabuco: localizado Rua Henrique Dias, 609 Bairro do Derby, Recife – Funcionamento: 2ª a 6ª feira - 8 às 12h e 14 às 18h Contatos (81) 3073-6662   
     
⦁ O Museu da Cidade do Recife: Praça das Cinco Pontas, Bairro - São José, Recife. Funcionamento: 3ª a 6ª feira - 8 às 18h Telefone:(81) 3355-3106.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Entrevista pingue-pongue com a Passista de Frevo Sabrina Feliciano - Por Camila Mota

 
Foram das ruas de Recife que o frevo nasceu e cresceu, refletindo a beleza e alegria de seus cidadãos. Em 2007 foi celebrado pelo seu centenário, em 2012 reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Hoje o Frevo é apreciado pela sua dança artística e sua música de referência cultural. 
 

Entrevistada: Passista Sabrina Feliciano
Idade: 16 anos

Natural: Pernambuco

Com quantos anos você começou a dançar Frevo Sabrina?
Aos 4 anos de idade eu já dançava. Conheci o frevo pela minha mãe e minhas tias que dançava com o professor de frevo  Nascimento do Passo. E minha mãe sempre me levava para assistir as aulas de frevo com ela. Eu bem novinha assistia as aulas e já participava interagia com os dançarinos. Mas na verdade eu comecei a dançar mesmo foi com 5 anos quando eu me escrevi na aula de dançar de Frevo.
Quando foi a sua primeira apresentação?
A minha primeira apresentação de frevo, que eu dancei em público. Foi em 2014 no concurso de passista que aconteceu no pátio de São Pedro. Que eu ganhei em primeiro lugar.
O que é frevo pra você?
O frevo para mim é como se fosse uma inspiração. Que quando você escuta a música você sente um calor, uma efervescência, aquela alegria, por você está ali frevando mostrando o que você sabe.
Como é a rotina de uma passista durante o Carnaval?
Durante o Carnaval a rotina de uma passista é muita agitada, uma passista dança muito, têm várias apresentações. Tive dias que fiz cinco apresentações em um dia, em bairros diferentes da cidade do Recife.
Tem alguma música preferida de Frevo?
Eu não tenho uma música preferida porque passista que passista dança qualquer coisa música de carnaval.
Você teve alguma dificuldade para aprender a dançar?
Eu acho que eu não demorei para aprender a dançar, porque eu sou muita elétrica. Tem gente que tem muita facilidade para aprender, eu amo dançar qualquer ritmo. E tenho pessoas que não tem muita facilidade.
Como você ver o frevo atualmente?
O frevo só é valorizado no Carnaval. Depois das festas carnavalescas escutamos muito pouco. 
Qual o significado da palavra FREVO?
 
O significado de frevo para mim é efervescência, alegria, por ser uma dança espontânea, eu não consigo expressar com palavras. Eu faço melhor, eu danço frevo e na dança eu expresso todos meus sentimentos.
 

 
 

Escola de Frevo Maestro Fernando Borges - Por Camila Mota

A Escola de Frevo Maestro Fernando Borges  foi implantada em 06 de março de 1996, com o objetivo de contribuir para a preservação da cultura pernambucana. Foi pensada inicialmente para oferecer 400 vagas direcionadas para alunos da Rede Municipal de Ensino, oficinas de sombrinha e máscaras de carnaval. Em 1999, passou a se chamar Escola Municipal de Frevo Maestro Fernando Borges, mais continua com o mesmo objetivo. Em 20 de fevereiro de 2003 foi reinaugurada depois de passar por uma reforma. 

O professor  de frevo Bhrunno Henrique  informa "as aulas de frevo contribui para divulgação e o fortalecimento de uma das nossas maiores expressões culturais. Interagindo dessa forma com a sociedade por meio de uma linguagem artística. A escola promove o projeto 'Dança ao alcance de todos'. A iniciativa tem aulas de dança popular a dança contemporânea. Aulas de frevo acontecem durante o ano todo estão abertas as inscrições para as crianças a partir de cinco anos aos nove anos, adolescentes de dez a quatorze anos de quinze a dezoito e pros adultos de dezenove até onde o corpo aguentar todos podendo se inscrever. Trabalhamos com aulas práticas e teóricas, com armações de sombrinhas, damos todas as referências possível em termos da dança do frevo, da música do frevo. Porque como passista de frevo temos que conhecer o lado da musicalidade, como surgiu, quem são os autores e conhecer a própria nomenclatura dos movimentos".

As aulas são gratuitas e diárias, funcionando durante os três turnos e atendendo a cerca de 300 alunos, dos quais, trinta, formam a Cia de Dança da Escola.  
Endereço: Rua Castro Alves, 440, Encruzilhada, Recife.
Telefone: (81) 3355-3102


"O FREVO É UMA DANÇA DA MASSA POPULAR PERNAMBUCANA" - Por Camila Mota





Entrevista com o professor de Frevo: Bhrunno Henryque

Bhrunno Henryque nasceu na cidade do Recife, é natural de Pernambuco, formado em professor de Educação Física na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Bhrunno é passista de Frevo, como passista ganhou muitos títulos como melhor dançarino na peça de Teatro Procissão dos Farrapos. Viajou vários estados do Brasil até pra fora do país em apresentações de Frevo como passistas. No concurso melhores passistas de Pernambuco foi tricampeão em Recife e bicampeão em Olinda. Atualmente é professor de dança, na Escola de Frevo Maestro Fernando Borges, desde 2010 até atualidade. Ele também é um dos orientadores da Quadrilha Junina Tradição. 


Nesta entrevista Bhrunno, nos conta sobre sua admiração pelo frevo “A dança do Frevo é muito importante, porque é uma dança que é nossa, do nosso Estado. Em 2012, o frevo foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Porém nós pernambucanos ainda deixamos um pouco a desejar. Porque o frevo é visto como uma época carnavalesca que é engavetada. Então só desengavetamos para brincar Carnaval que comemoramos de janeiro até março e depois engavetamos novamente e vamos curtir o ciclo junino escutando outros ritmos. Somos muito fortes em Cultura, porém nos deixamos a desejar por escutar frevo só na época de Carnaval. Quando na verdade o Frevo é uma dança da massa popular pernambucana. É algo que fez parte da história do Brasil, da história da cidade do Recife. É uma vergonha para nós pernambucanos não conhecer tão a fundo não só a nossa dança, não só a nossa música, mas em se algo que é nosso, que vivenciamos aqui. Nossa Cultura!"
"Eu admiro o frevo em se e acredito que o frevo é um estado de espírito. Quando eu escuto o frevo de rua, eu me empolgo completamente. Já quando eu escuto o frevo de Orquestra Sinfônica eu me sinto no estado de espírito mais de prazer, podemos até dizer de melancolia vária muito. Como bailarino, como passista de frevo nós dançamos de acordo com a música está pedindo. Então independente da movimentação que a carruagem esteja andando, é um estado de espírito diferente, porém sempre levando o sorriso no rosto" destaca Bhrunno.
"Ele faz parte da minha vida eu não me vejo sem o Frevo.  E razão de que ele me proporcionou várias coisas como bailarino de frevo viajei e conheci vários estados do Brasil e conheci vários países. Já ganhei vários títulos em concursos de passista de frevo. Porém como eu tenho muitos alunos, eu deixei de participar dos concursos e me dediquei para ensiná-los. Me sentir no dever de estimular os meus alunos. Como eu já fui campeão o meu trabalho agora enquanto professor, e assim me realizo nos meus alunos, e quando um deles ganham e me mostram a medalha ou o troféu do concurso, o prazer vêm dobrado".
"Fora do país os turistas se encantam com a dança do Frevo, com o balanço e beleza da sobrinha,  que é a extensão do corpo do passista. Eles têm a sensação de leveza na dança. Mas fazemos uma movimentação bem pesada, em razão de trabalharmos muito a massa corporal. Os turistas ficam admirados ao ver tantas acrobacias com a sobrinha de frevo e não demostrarmos nenhum esforço, porque fazemos tudo sorrindo".
"Precisamos viver o Frevo de janeiro a janeiro! Porque é algo que nosso, faz parte da nossa cultura. Eu fico muito triste quando o povo se engrandece com as coisas de fora. Não que não mereça. Mas se possuímos uma cultura tão rica, por que não valorizarmos? Se temos uma dança tão rica, que virou o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, merecemos dar o valor necessário a ela ”.
Viva o Frevo!!!